quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

MATÉRIA SOBRE SÍNDROME DE BURNOUT

SÍNDROME DE BURNOUT E OS EFEITOS NA NOSSA VOZ

A ocorrência do stresse ocupacional tem sido observado em todas as partes do mundo, como fator causal de mortalidade, morbidade e ruptura na saúde mental e bem-estar dos trabalhadores.


O impacto dos fatores estressantes sobre profissões que requerem grau elevado de contato com o público, recebe o nome de Síndrome de Burnout. De origem inglesa, este termo significa: queimar, ferir, estar excitado, ansioso.
Trata-se de uma resposta ao estresse emocional crônico, sentimentos relativos ao desempenho da profissão, representado por:
1. Exaustão física e emocional (contrastes entre tensão e tédio)
2. Diminuição da realização pessoal no trabalho (competência, sucesso, esforços falhos, depressão)
3. Despersonalização (distanciamento, separação, insensibilidade, cinismo)
4. Envolvimento (pessoas, proximidade, atenção diferenciada)
Burnout é portanto, a reação final do indivíduo em face das experiências estressantes que se acumulam ao longo do tempo.
As situações de estresse contribuem para as condições de mau-uso e abuso da voz, que geram esforços e adaptações do aparelho fonador, deixando o profissional mais propenso ao desenvolvimento de uma disfonia.
Várias pessoas utilizam sua voz como instrumento de trabalho falando muito e por um longo período. Dentre elas encontramos professores, cantores, atores, vendedores, operadores de telemarketing, repórteres, radialistas, advogados, palestrantes . Por isso, é muito comum essas pessoas apresentarem rouquidão, cansaço para falar, perda de intensidade vocal, irritação na garganta e até mesmo a perda da voz.
As enfermidades vocais têm grande impacto social, emocional, profissional e econômico. Estima-se que representem um prejuízo de mais de 100 milhões de reais ao ano com licenças, afastamentos e readaptações por disfonia.
Estudo realizado durante dois anos, financiado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), envolvendo 52 mil educadores em 1.440 escolas dos 27 Estados, revelou dados assustadores. Descobriu-se que 48% dos professores sofrem de algum sintoma da Síndrome de Bournout, que causa exaustão emocional.
Voz é a expressão da personalidade e da emoção . Desde o nascimento a voz é expressa de maneiras diferentes como choro , riso e sons da fala. A produção da voz ocorre a partir da vibração das pregas vocais (conhecidas anteriormente como cordas vocais) que se localizam na laringe , mais especificamente atrás da cartilagem tireóide que é o pomo de adão no homem . No momento da expiração as pregas vocais se aproximam e vibrando produzem um som fundamental que será amplificado pelas nossas caixas de ressonância que são a laringe , a cavidade bucal e nasal.Os tecidos das nossas pregas vocais são muito delicados e se utilizados de forma inadequada podem surgir alterações..A voz rouca pode indicar alterações na laringe . A rouquidão passageira pode ser resultado de excessos .
É extremamente importante que cuidemos sempre de nossa saúde vocal para evitarmos que ocorra uma alteração na qualidade da mesma, além de outras conseqüências até mais graves. Uma triagem fonoaudiológica, para receber orientações sobre a saúde e a higiene vocal é muito importante caso ocorra algum sintoma relacionado a má qualidade vocal. Um fonoaudiólogo pode fazer uma avaliação e dar os encaminhamentos necessários, seja uma terapia vocal ou em muitos casos, encaminhá-lo a uma avaliação com o otorrinolaringologista.
As principais causas da Síndrome de Burnout são:
1. Excesso de trabalho
2. Sobreesforço (que leva a estados de ansiedade e fadiga)
3. Desmoralização e perda de ilusão
4. Perda de vocação, decepção com superiores, etc.
Os principais sintomas da Síndrome de Burnout :
a) Psicossomáticos: fadiga crônica, dor de cabeça, distúrbios do sono, úlceras e problemas gástricos, dores musculares, perda de peso;
b) Comportamentais: falta ao trabalho, vícios (fumo, álcool, drogas, café);
c) Emocionais: irritabilidade, falta de concentração, distanciamento afetivo,disfonia;
d) Relativos ao trabalho: menor capacidade, ações hostis, conflitos, etc.
Qualquer alteração vocal permanecendo por mais de 15 dias deve ser investigada pelo médico Otorrinolaringologista .E se diagnosticada uma disfonia o Fonoaudiólogo é quem melhor pode orientar e tratar juntamente com o Otorrinolaringologista a alteração vocal.

Fonte: A Síndrome De Burnout publicado 25/02/2007 por Emanuela Sales Almeida de Sousa em http://www.webartigos.com

PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

sábado, 4 de dezembro de 2010

Diferentes usos das frações

É preciso ir além de "uma pizza dividida em pedaços iguais" para a moçada dominar o trabalho com as representações fracionárias

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O trabalho do orientador educacional na sala de aula

É nesse espaço que o orientador ajuda os alunos em questões de aprendizagem e no convívio social.

Temos tratado nessa coluna sobre a importância de a orientação educacional transitar e ocupar diferentes espaços na escola com o objetivo de potencializar a aprendizagem dos alunos. A sala de aula - por excelência, o lugar organizador desse processo - também pode ser utilizada como território de ação do orientador.
Na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a entrada do orientador em sala pode ser o momento da rotina para tratar de temas sensíveis ao grupo. As conversas mais comuns geralmente giram em torno de acontecimentos que mobilizam os alunos, como a chegada ou a despedida de um colega, a substituição do professor ou a preparação para uma atividade extraescolar, como um passeio ao zoológico ou a visita a um museu.
Em algumas escolas, a orientação realiza semanalmente uma roda de conversa com os alunos e o professor. Essa pode ser uma boa oportunidade para escutar as demandas da turma, analisá-las e resolver coletivamente os conflitos que surgem. É importante que o orientador faça uma parceria com o professor para que ele compreenda essa intervenção como potencializadora do trabalho educativo que é realizado. Quando interfere de modo inapropriado ou sem a anuência do docente, o orientador pode transmitir aos alunos a impressão de que o professor é inábil, e ele, o detentor do saber.
Nos anos finais do Ensino Fundamental e no Médio, a presença do orientador na classe ganha nova dimensão. Muitas escolas inserem no currículo um horário para a orientação educacional ou de estudos, destinado a atividades que auxiliem os alunos a fazer o uso adequado do tempo, do caderno, da agenda e dos livros, além de promover discussões sobre a realização da lição de casa e as estratégias de estudo. Essas aulas visam estimular a prática dos conteúdos procedimentais - aqueles que favorecem a apropriação do conhecimento conceitual.
O orientador pode contribuir com a formação do aluno em sala de aula, discutindo a gestão dos conflitos do dia a dia, os chamados conteúdos atitudinais. Nesses encontros, são tratados os problemas que interferem na aprendizagem do grupo e colocam em risco a qualidade da convivência. As brigas do intervalo, o descuido com os espaços coletivos e o desrespeito entre os alunos são alguns dos assuntos que costumam se inserir nessas discussões. Existem escolas que, tendo clareza das questões que habitualmente surgem nessa faixa etária, promovem ações preventivas. Nesses casos, a orientação antecipa com os jovens assuntos complexos que podem ser potencializadores de futuros conflitos por meio, por exemplo, do debate de filmes ou da leitura de textos.
O fundamental é que os conteúdos - procedimentais ou atitudinais - tratados nas atividades propostas pela orientação em sala de aula se materializem em ações concretas. A circulação da palavra é importante, mas ela não garante, por si só, a transformação da realidade que preocupa. O orientador educacional precisa ajudar os alunos a planejar e executar ações que colaborem com a resolução dos problemas que afetam a qualidade da aprendizagem assim como das relações sociais vividas na escola.

Autora: Catarina Iavelberg
É assessora psicoeducacional especializada em Psicologia da Educação.

Assim não dá! Punir sem reflexão...Para o castigo ser educativo, ele deve reparar o dano causado pela ação




Um estudante desrespeita um colega ou professor e é colocado para lavar o banheiro ou varrer o pátio. Castigos como esses aparecem nas escolas em que os educadores desconhecem a forma como crianças e adolescentes adquirem a noção de responsabilidade. Usar um esquema de tolerância zero e punições extremas dá a sensação de obter resultados rápidos. Contudo, eles são provisórios: os alunos deixam de praticar os atos que causam danos por medo, mas acabam voltando a eles. "Não pode haver humilhação pública, pois isso em nada ajuda o indivíduo a tomar consciência do que fez", ressalta Adriana de Melo Ramos, pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Os especialistas explicam que crianças mais novas costumam criar mecanismos para fugir da punição, geralmente prometendo não repetir o erro. Mas acabam por não refletir sobre as atitudes. Já os mais velhos são capazes de calcular os riscos. Às vezes, optam por fazer o que não devem quando ninguém está vendo, ou medem o custo/benefício e concluem que, pelo castigo previsto, vale a pena se expor. É comum que isso ocorra quando as punições dadas não têm relação com o que foi feito de errado. Em qualquer idade, porém, é essencial relacionar atitude e reparação. Se o aluno pichou uma parede, deve limpá-la. Se estragou um brinquedo do colega, terá de repor ou ajudar a consertar. Vale procurar, sempre, o melhor caminho para cada atitude que se apresenta.
É preciso considerar a questão da ética e da construção de valores no projeto político-pedagógico, investindo nas ações cotidianas, na melhoria das relações interpessoais e no respeito mútuo entre os alunos e entre eles e a equipe escolar. "Esse é um trabalho lento, que requer persistência, mas leva à formação de pessoas mais preparadas para enfrentar conflitos, tolerantes com as diferenças e capazes de defender o próprio ponto de vista de maneira respeitosa", afirma Adriana.