sexta-feira, 16 de março de 2012

Quem matou a Enciclopédia Britânica?


Desde 1768, a Enciclopédia Britânica foi uma referência mundial em termos de fonte de conhecimento e presença quase obrigatória nas estantes de muitas famílias. A partir deste ano, sua versão impressa deixa de existir e os esforços de produção irão se concentrar somente na versão online. O que aconteceu?
Segundo o historiador Yoni Appelbaum, consultado pela revista eletrônica Wired,a Enciclopédia Britânica desde sua fundação era mais sobre a "exibição do conhecimento" do que pelo seu conteúdo em si, um símbolo de status para uma burguesia europeia emergente. "Eu suspeito que quase ninguém jamais abriu sua Britânica".
Ao contrário do que possa parecer, não foi o surgimento da Wikipedia que matou a enciclopédia tradicional, mas o advento da computação doméstica. Os primeiros computadores vendidos para as famílias tinham como chamariz a tal "fonte de conhecimento". Junto com os primeiros Windows, a Microsoft distribuía gratuitamente a Encarta, versão digital dos livros do passado. Para muitas famílias, investir em um computador para os seus filhos era o equivalente a comprar uma Enciclopédia Britânica.
Ironicamente, a Microsoft queria que os criadores da Britânica produzissem uma versão em CD-ROM para acompanhar o Windows 1.0 em 1980, mas não foram atendidos. O resultado foi uma parceria com a editora Funk & Wagnall que gerou a Encarta. A Britânica correria atrás do prejuízo em 1989, quando finalmente lançou uma versão digital. Mas já era tarde demais. A empresa faliu e foi vendida em 1996, cinco anos antes da Wikipedia ser lançada.
As últimas unidades dos 32 volumes da Enciclopédia Britânica estão sendo vendidas agora. Quando acabarem, o estoque não será mais renovado. E um legado de 244 anos chegará ao fim diante das novas tecnologias.
Autor: Carlos L A da Silva
Redação Código Fonte

Greve nacional de professores termina nesta sexta; CNTE avalia movimento de forma positiva

A greve nacional de professores convocada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) termina nesta sexta-feira (16) com assembleias em alguns Estados para discutir a continuidade do movimento em nível local. Segundo o presidente da CNTE, Roberto Franklin Leão, pelo menos vinte Estados estão com as atividades paralisadas hoje.
Para Leão, a paralisação de três dias, iniciada na quarta-feira (14), teve “grande adesão e aconteceu dentro do esperado”. “As marchas foram muito bem recebidas pela população e mesmo os Estados que não pararam tiveram algum tipo de mobilização”, afirmou. Os professores do Piauí, Goiás, Rondônia e Distrito Federal já interromperam as aulas por tempo indeterminado.
A principal reivindicação da categoria é o cumprimento da Lei do Piso - o novo valor anunciado pelo MEC (Ministério da Educação) é de R$ 1.451. O protesto também defende um maior investimento público em Educação.
Segundo um levantamento feito com as secretarias de educação dos Estados, nove deles ainda não pagam o piso nacional dos docentes. Pelas contas dos sindicatos, são 17 Estados que não cumprem a Lei.
Assembleia em SP
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) convocou uma assembleia de professores para as 14h desta sexta-feira (16) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, localizado na zona Oeste da capital paulista. Os docentes participaram da greve nacional de três dias convocada pela CNTE e vão decidir se continuam com as atividades paralisadas ou não.
A principal reivindicação dos docentes é a destinação de um terço da jornada de trabalho para atividades extraclasse, regra prevista na lei que criou o piso salarial da categoria.
Fonte: Uol