sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Quando as Disfunções Cerebrais Afetam a Aprendizagem*


Hemisférios do cérebro humano
O cérebro humano é dividido em duas partes: hemisfério esquerdo e hemisfério direito. O esquerdo é o lado mais lógico, racional, seqüencial e baseado na realidade, já o direito é o lado mais intuitivo, criativo, atemporal e holístico. O hemisfério esquerdo recebe informações do lado direito do corpo e o hemisfério direito recebe informações e controla os movimentos do lado esquerdo.
A substância cinzenta do cérebro, denominada córtex cerebral, possui quatro áreas chamadas de lobos cerebrais: lobo frontal, lobo occipital, lobo parietal e lobo temporal. Os lobos cerebrais são designados pelos nomes dos ossos cranianos nas suas proximidades e que os recobrem, tendo cada uma funções diferenciadas e especializadas.
Lobo frontal: responsável pelas estratégias, decisões, planejamentos, capacidade para ligações afetivas-emocionais e julgamento social.
Lobo occipital: processa os dados visuais, de movimento, profundidade, distância e cor. A informação é recebida e comparada com o que o indivíduo já possui de conhecimento visual.
Lobo parietal: responsável pelas sensações do corpo, como tato, temperatura, dor, paladar e também faz o reconhecimento do nosso corpo no espaço.
Lobo temporal: processa os estímulos auditivos que em interação com outras zonas do cérebro, lhes atribui um significado permitindo ao indivíduo reconhecer o que ouve.
Quando as Disfunções Cerebrais Afetam a Aprendizagem
Aprender é um processo complexo e interior de cada indivíduo. Para que isso aconteça é necessário que sejam criadas condições para facilitar essa aprendizagem. Isso não depende somente do indivíduo, pois existem situações externas que interferem nesse processo, como por exemplo: fatores fora do SNC, fatores neurológicos periféricos, fatores neurológicos centrais transitórios e fatores neurológicos centrais permanentes.
Para que a aprendizagem ocorra contamos com uma máquina potente, denominada cérebro. Ele é o responsável para interligar, receptar, coordenar e processar todos os estímulos do ambiente por meio do SNC (Sistema Nervoso Central). Qualquer alteração nele observada será refletida na aprendizagem.
O aprender depende da integridade do cérebro, interesse, atenção e da funcionalidade adequada de cada uma de suas partes. Portanto, uma disfunção cerebral significa uma anormalidade patológica por alteração violenta na ordem natural da aprendizagem. Sendo um problema ou uma doença que acomete o aprendente em nível individual e orgânico.
Os efeitos emocionais da deficiência de aprendizagem, na maioria das vezes, agravam o problema. As crianças sofrem com o baixo rendimento escolar e, muitas vezes, são rotuladas como fracassadas, até mesmo pela família e pelo professor.
Por vezes, as mesmas deficiências que afetam a leitura, escrita, comunicação, também afetam no relacionamento social com a família, amigos e práticas esportivas. Sendo essencial que estas crianças recebam apoio do educador, da família e da comunidade, por serem fatores que interferem diretamente na aprendizagem.
A prática psicopedagógica considera o sujeito como um ser global, composto por aspectos orgânicos, cognitivos, social, afetivo e pedagógico. Sendo a aprendizagem uma constante interação do sujeito com o meio.
A intervenção preventiva do psicopedagogo é fundamental para evitar maiores danos ao indivíduo com disfunções ou dificuldades de aprendizagem, tendo um papel decisivo na condução do sujeito ao caminho da aprendizagem.
*Por: Luana Linhares
Proibida reprodução total ou parcial deste texto, sem autorização da autora

Psicomotricidade e a Aprendizagem*

A Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e sua relação com seu mundo interior e exterior. O termo psicomotricidade é empregado para concepção de movimento organizado e integrado em função das experiências vividas pelo indivíduo que geram sua linguagem, socialização, autonomia e individualidade.
O trabalho de educação psicomotora com as crianças é base indispensável no desenvolvimento motor, psicológico e afetivo. Os jogos e as atividades lúdicas são grandes aliados para que o aluno se conscientize sobre seu corpo. Por meio da recreação pode desenvolver suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor. A recreação deve realizar atividades considerando seus níveis de maturação biológica para que a criança desenvolva o controle mental de sua expressão motora. De maneira dirigida proporciona a aprendizagem em várias atividades que ajudam na conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio-afetivo.
Quanto mais a criança brinca, mais ela se desenvolve em todos os aspectos. Além de se divertir com as atividades lúdicas, expressa seus sentimentos, interpreta e se relaciona com o mundo em que vive, sendo um grande preparo para o desempenho de papéis sociais.
Como a educação psicomotora abrange todas as aprendizagens da criança, se um de seus elementos for prejudicado ocorre um distúrbio de aprendizagem. Caso a criança tenha um desenvolvimento psicomotor mal constituído isto pode acarretar problemas na escrita, na leitura, na distinção de letras, na direção gráfica, na análise gramatical e até mesmo no pensamento abstrato.
Dessa forma, o educador deve ter plena consciência da importância da educação psicomotora e compreender que essa responsabilidade não cabe apenas ao professor de Educação Física e sim é uma atividade essencial em todas as disciplinas e que todos os professores devem criar vínculos para que esta aprendizagem ocorra de maneira satisfatória de modo a evitar futuros distúrbios provocados pelo mau desenvolvimento psicomotor.

*Texto escrito por: Luana Linhares
Proibida reprodução total ou parcial deste texto, sem autorização da autora